Festival promove intercâmbio entre músicos brasileiros e estrangeiros

Festival promove intercâmbio entre músicos brasileiros e estrangeiros

 

Músicos driblam os idiomas e se entendem através dos instrumentos.
Evento dará duas bolsas para estudo de piano no Conservatório de Paris.

 

Estrangeiros participam do Festival Música das Montanhas.

 

Misturados à paisagem turística de Poços de Caldas (MG), cerca de mil músicos de todo o Brasil e do exterior participam do 14º Festival de Música nas Montanhas e dividem experiências. Representantes de países como Estados Unidos, México e Holanda participam do encontro, que neste ano atraiu pelo menos 100 estrangeiros, entre professores, estudantes e músicos profissionais.

A norte americana Jamie Lynn é musicoterapeuta e está bastante entusiasmada com o evento. “Eu vim com mais de 20 pessoas e está sendo uma experiência bem diferente tocar com pessoas de locais e culturas diferentes. Estou bastante empolgada”, comentou.

As misturas são inevitáveis. Na Orquestra Sinfônica, comandada pelo maestro mexicano Jorge Perez Gomes, a comunicação é feita por gestos e olhares. Por outro lado, a miscigenação musical vai além. Calebe Schutzer, de São Paulo tornou-se tradutor oficial de dois amigos que vieram dos Estados Unidos e que estão mais interessados nas mulheres do que na música, como brincaram: “Eu gostei das mulheres. Será que eu arrumo uma namorada”, disparou o músico Austin Soderstrom.

Mas os intercâmbios não param por aí. O brasileiro André Luiz do Amaral mora na Itália há dois anos, mas veio especialmente para vender os instrumentos e trocar conhecimento. “O festival é muito importante, até pelo contato que fazemos com outras pessoas, com outros músicos. É uma troca cultural muito intensa”, disse.

Além de atrair estudantes de fora, o festival dá também a oportunidade dos brasileiros irem para o exterior. Neste ano, duas bolsas para pianistas estão sendo oferecidas no Conservatório de Paris.

Para Everton Diego Nunes, esta é uma excelente oportunidade. “É uma chance muito enriquecedora. Estou me dedicando muito para tentar esta bolsa, sem falar que o encontro é uma oportunidade muito boa para troca de impressões”.

E o encontro segue encantando os brasileiros, principalmente os que vem de longe, como o militar Marcus Vinícius veio, pela primeira vez ao festival. “Eu sou de Sergipe, mas compensa a viagem”, completou.

Para o público, é um encanto só:  “É muito lindo vê-los tocar. Enriquecedor”, finalizou a gari Nair da Silveira.

Fonte: G1 Sul de Minas