domingo, 14 de outubro de 2012

Doze mulheres vão comandar prefeituras no Sul de Minas


Doze mulheres vão comandar prefeituras no Sul de Minas

Prefeita de São João Batista do Glória foi eleita com 65% dos votos válidos.
Por outro lado, cai em 75% o número de mulheres no Legislativo.

A partir de 1º de janeiro de 2013, 12 prefeituras do Sul de Minas passarão a ser comandadas por mulheres. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), serão cinco a mais que nesta gestão.
Um exemplo é a cidade de São João Batista do Glória (MG), que em 63 anos de emancipação, esta é a primeira vez que uma candidata vence as eleições. Aparecida Nilva dos Santos (PMDB), a Nilvinha foi eleita com 3.076 votos, ou seja, mais de 65% dos votos válidos. “É um reflexo da sociedade. A mulher deixou de ser submissa e omissa”, comenta a prefeita eleita.
Os eleitores estão satisfeito. Segundo o eletricista Sérgio Raimundo de Carvalho, há uma boa expectativa. “Eu acho bom termos mulheres, já pudemos observar resultados positivos como no Governo Federal e creio que isso vai se reproduzir aqui também”, comenta. A comerciante Meiriane Souza do Carmo Tavares também aprova a gestão feminina. “Isso mostra independência por parte da mulher, que está estudando e se especializando”, acredita.
Por outro lado, apesar do aumento no número de mulheres à frente de prefeituras, o número de vereadores eleitas no último domingo (7) caiu em Minas Gerais. Em um comparativo com 2008, houve uma redução de 75%. Há quatro anos, 832 mulheres ocupavam cadeiras no legislativo. Neste ano, apenas 213 foram eleitas.
Quem explica isso é o cientista político Antônio Teodoro Grilo. De acordo com ele, as mulheres tem investido mais me cargos executivos. “Houve uma mudança nas pretensões políticas das mulheres e elas querem executar e não apenas legislar. Em um cargo legislativo, elas ficam muito restritas, porque estão envolvidas em todo um processo que não permite o poder de execução e agora as mulheres querem atuar como agente principal destas mudanças”, explica.
Contudo, há exceções, como é o caso de Silvianópolis (MG), onde dos nove vereadores eleitos, cinco são mulheres. Viviane Aparecida da Silva é uma das vereadoras reeleitas no município e foi a mais votada. “É porque somos mais resolvidas, mais positivas e mais decididas”, dispara. Já Mariângela da Silva Paiva de Souza é uma vereadora estreante, mas não teme o mandato. “Não temos obstáculos e buscamos sempre o melhor”, enfatiza.
E a região pode ter ainda mais uma prefeita, já que em Paraisópolis (MG), o candidato Wagner Ribeiro de Barros teve a prestação de contas recusada pelo Tribunal de Contas da União e caso não apresente recurso em tempo hábil, terá a candidatura anulada e a Silvinha (PT) pode assumir a prefeitura em 2013.


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